Já parou para pensar em como a gente deixa de perceber as coisas? De todos os tipos: o caminho que se faz para levantar e ir até a cozinha tomar café, a paisagem, mesmo que caótica, para chegar ao trabalho, as pessoas com quem cruzamos todos os dias, conhecidas ou não, e como poderÃamos perceber mais o corpo do outro com quem trocamos carÃcias.
Não só nosso olhar se perde no caos do dia a dia, perdemos outras sensações, a de sentir, de saborear, de usar todos os nossos sentidos, que sempre tivemos e deixamos ali dormentes, para estar inteiramente no agora e nada mais.
A palavra é percepção, é olhar com o corpo todo e se entregar ao mundo, é sentir o caminho, reparar, parar, perceber você e o outro. Com o corre-corre, deixamos isso de lado, o que faz com que nossas experiências fiquem restritas.
Perdemos o viver plenamente, e logo nosso poder, de evoluir, de sermos melhores a cada dia e de adquirirmos sabedoria, se perde também. Este é o mesmo motivo que faz com que muitos relacionamentos “murchem”. A paixão do casal parece que fica perdida no tempo e o relacionamento se torna um ritual burocrático. o que deveria ser um beijão de despedida ou de “olá”, se transforma em um leve tocar dos lábios, e o sexo se torna uma rapidinha.
Nosso sagrado corpo
Se começarmos a enxergar não só nossa alma, mas também nosso corpo como algo sagrado, independente de religiões, o ato sexual também se transformará em um ato que chegará ao nÃvel do sagrado. hoje em dia, cenas em que o sexo e o corpo são banalizados são mais comuns que antigamente, mas, nesta época, as mulheres também tinham mais dificuldade em se compreender sexualmente, pela censura, pela falta de informação e até pela falta de ter com quem compartilhar suas descobertas. Conhecer-se, conhecer o próprio corpo, acariciar-se, também são formas de saber do que você mais gosta ou não. Em qual lugar gosta de ser tocada, por exemplo.
Na hora do sexo, não deve ser diferente, ficar horas no estágio das carÃcias vai fazer com que a penetração não seja a única “intenção” da relação sexual. Deixar que ela venha sem pressa, e sem euforia, pode trazer muito mais prazer para ambos, no antes, no durante e no depois e no “durante”, estamos falando de três horas ou mais, e nada menos que isso!
A pressa também não deve existir para “montar” e apreciar todo o ambiente em que vocês estão. Uma luz agradável para os dois, música, incensos, velas, flores e frutas são ideias para o local ser bem mais aconchegante e se transformar num palco para o que pode acontecer nas próximas, esperamos que muitas, horas.
E estas horas de sexo podem ser interrompidas sim! Mas de uma forma deliciosa. Uma dança romântica pode ser ideal para os dois se acariciarem mais ainda. “então podemos imaginar o quanto é mais profundo, uma sensação de plenitude, de estar completo. provoque excitação intensa, desperte cada parte do corpo do outro e só permita a penetração quando já tiverem vibrado muito de prazer apenas com os toques”, aconselha a pompoarista Lu riva.
E na hora da penetração, opte pela lentidão também, por uma penetração lenta, e por posições em que possam se olhar nos olhos, se acariciar e se abraçar. ao chegar até aqui, os dois vão estar numa situação de leveza. Não coloque um começo, meio e fim, sinta o outro. “Nada pode ser mais prazeroso do que fazer amor a noite toda, acordar feliz e cheia de energia. reserve uma noite para vocês, não tenha pressa, deixe os problemas e compromissos fora da porta do quarto. Cultue o corpo do parceiro como a você mesma, acesse pontos que até então você nunca havia tocado, seja ousada”, sugere Lu.
Sem a pressa, somos capazes de apreciar o divino e a felicidade da vida todos os dias. Estar bem para se entregar por inteiro e trocar as boas vibrações com o outro e com o mundo.
Beije muito
De acordo com a pompoarista Lu riva, transformar o sexo burocrático em algo sagrado é a “descoberta do seu ser por meio do amor e do respeito ao próximo, a exaltação do companheiro em nÃvel de Deus-Deusa. Tudo com a maior naturalidade e desprendimento, sem tabus ou regras. o primeiro contato do casal é o beijo, que normalmente é longo, profundo e cheio de sentimento, um beijo de tirar o fôlego. mesmo no sacramento do matrimônio, a cerimônia é selada com o padre dizendo: ‘pode beijar a noiva’. Beije e continue beijando muito, de forma lenta e profunda, beijos quentes que aceleram o coração, que arrepiam e excitam”, aconselha Lu
Prazer total
Muitos adeptos do slow sex afirmaram que só assim conseguem chegar ao hiperorgasmo, mais intenso e duradouro do que o orgasmo “comum”. Além de seguir os fundamentos do sexo sem pressa, o casal não deve ingerir comidas gordurosas, carne vermelha e evitar bebidas alcoólicas.
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